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(Baralhar)
O que é que acontece quando se junta na mesma panela descoco, cloaca, bicho, galhofar-me, picareta, bigorna, sanável, MARICAS, clarividência, vampiros, afago, ego, trela, refrão, gafanhoto, findo, lobo?
- Uma diarreia mentalissima de escroto nasal e canja de galinha, atestado carimbado de inorgica disfunção psexdo-intelectual.
(Partir)
O que faz, nestas circunstancias, um cavalheiro da mais nobre estirpe ascendência David Rex Iudaeorum? Não sendo ele urologicarrascopsicachulista, nem para tal havendo sido investido pelo papa sumo pontífice dos eunucos?
- Uma rodilha de César pois, para que não pare de cantar o ceguinho, e bater no zézinho, bater no zézinho.
(Distribuir)
A cada famigerado nobre a sua parte destinada, alguns ficam a chuchar no dedo, pois claro, outros na abundância bordada a ouro.
Dos dois intervenientes do dialogo: um distinto, mas obscuro, senhor de cinzento com tendência para o escândalo sexual, outro de marinho azul ridículo, homem de alguma envergadura baixa, com disposição visceral para se dobrar sobre o peito servil; Nenhum engana, porém, no trato e educação, o primeiro é príncipe selvagem criado pelos corvos, o outro barão impotente paparicado pelas tias raquíticas da serra do Marão. E enquanto o cinzento diz euéquesousuabestainergumena o outro diz tuéqueéseeuesouumabestainergumena.
(Pré-flop)
O cinzento fala e o de azul lambe atrás. Sim e bem. Tal como recomendou Jesus Cristo, para que não falasse de mais o homem despreparado para fazer o silêncio que é a única verdade. Mas o corvo, no seu inelutável ressentiment de origem endógena, atira-se-lhe de bico negro, viscando impropérios de algibeira, artifícios para assustar as criancinhas.
(Flop)
O mago azul denúncia a sua posição miserável de vagabundocelibatarioermitão (o que o expõe ainda mais ao ridículo) e limpa a boca à manga bolorenta do traje. O mestre de cinzento usando da astúcia emprega a estratégia do cavalo de rabo escondido (a mesma que já havia surtido bom efeito com Abel e Dalila, seres semelhantes na franquezasensual) e cerra o olhar, ao mesmo tempo que tira uma carta forjadamente afiada da bota direita.
(Turn)
Ambos jogam os trunfos que têm contra mim, enquanto me tentam convencer com doces palavras e promessas vãs: - Vem por aqui. Eu pouso o copo do mais exótico veneno que me serviram e, de relance, lembro a Vénus, difusa, distante pela pincelada leve do cianeto; julgo que me olha de soslaio. Num vislumbre interrompo a cigarrilha, e procuro ainda mais um pouco de lucidez, um pouco mais de tempo para ver se me encontro nos seus olhos. Nas minhas costas uma traição penetra-me as vísceras carcomidas e o sangue todo que me resta, num jacto para o cérebro, dilata-me as pupilas e deixa entrar um pouco mais de luz branca. E tudo se confunde com a sua pele, os seus cabelos chegam-me raiados ao rosto, o seu vestido cobre-me como um lençol imenso.
(River)
Ao meu ouvido esquerdo um sussurro ignóbil corre mais rápido que a morte: - Ela nunca será tua. E, mais uma vez, no meu interior, a lâmina de dois gumes focinha como um javali raivoso. Estendo a mão ao veneno, mas a taça está vazia. Vénus aproxima-se pela cintura rasante de searas douradas, traz pela mão uma filha. Viro as cartas e vejo que não é minha.
2 comentários:
"E enquanto o cinzento diz euéquesousuabestainergumena o outro diz tuéqueéseeuesouumabestainergumena."
looooooooooooooooooool
Gostei mais desta parte...o resto não apanhei nada! lollllll
Vá...mas lá imaginação tem! Oh se tem! ;) Ana
vamos lá: (algo me diz que não devia deixar palavras minhas na baia) lolll mas, é mais forte do que eu lolll e por isso, segunda tentativa (já que a 1ª saiu furada).... não li grande coisa. Apenas gostei da parte da ovelha ranhosa. Mééééééé (este é o balido)
eheheheheh eu tenho dias em que me identifico com a ovelha ranhosa lolllll :P
P.S: Tipico comentário de quem estava sem nada para fazer (ou a ocupar os restantes 5minutos que falatavam para o tempo da net terminar) loooooooooooooooooooool tudo de bom ;)
Ana
lolllll...
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