A vitória silenciosa da eterna revolução

por Catarina


A estupidez é uma qualidade atribuída para se referir ao uso inadequado do juízo, ou insensibilidade a “nuances” (uma subtil ou ligeira gradação de um significado ou sentimento) por uma pessoa que se julga inteligente.

Coloca-se, numa perspectiva moderna, a possibilidade de acções estúpidas, praticadas por indivíduos que são muito educados, serem fruto de uma educação anormal. Esta classe de estupidez parece ser explicada, em noções como o “pensamento de grupo”, uma base contemporânea, que ainda que longe de ser provada, parece cada vez mais um exercício empírico. Indivíduos inteligentes podem ter um comportamento estúpido quando o seu pensamento racional é descarrilado por opiniões fortes ou crenças rígidas. Neste caso a vítima cai na polarização da confirmação e começa a seleccionar dados: tornando-se intencionalmente cego e surdo à evidência contrária, enquanto ao mesmo tempo colecta as evidências que apoiem as suas opiniões e crenças. Uma discussão com uma pessoa estúpida, é infortuita, pois que ela reduz a disputa ao seu nível, e vence por experiência.
O sustento e proliferação da essência, está na estupidez colectiva, uma individualização nas multidões que leva a condutas não indicadas fora da situação social específica. Os comportamentos ocorrem porque os indivíduos se conformaram às normas sociais percebidas “que lhe caibam” ou projectam uma impressão de si como o “normal”.
O indivíduo estúpido pode ser treinado a não o parecer, e pode viver num sistema colectivo sem ser detectado, mas mina constantemente tudo do que faz parte.
A história da irritante fonte da estupidez, está intrínseca à desde sempre existência de mentes preguiçosas e musas pseudo-intelectuais, que governam pelo poder do rebanho. Infelizmente o Estúpido, é um membro de uma numerosa tribo, cuja influência nos negócios humanos sempre foi preponderante. A comunicação social promove uma estupidez cultivada, como uma postura, que não só é aceitável mas louvável. A sociedade moderna prospera, pelo facto de as pessoas aceitarem sem questionar, o que lhes é dito.

Agora, caro leitor, supõe que és um estúpido. E supõe que és um membro de um partido político sensacionalista. Mas eu repito-me.

E caso tenhas um problema existencial de duvidares se és estúpido ou não! Lembra-te que é melhor estar em silêncio, e ser pensado um idiota, do que falar e serem removidas todas as dúvidas. Com o mundo repleto de idiotas, ninguém se pensa um ou suspeita disso.

Quanto a mim!? Eu desisto da minha cruzada de livrar o mundo de estúpidos… a realidade caiu em mim e descobri que eles são, simplesmente demasiados. E uma só vida minha não chega para ver realizada a epopeica proeza. Tenho mesmo a certeza, que os próprios deuses imortais, combatem a estupidez em vão, e ressentem-se do dia, aquando da criação, em que não limitaram a estupidez humana.
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Este é um resumo do Diálogo de um devaneio imortal ao antro da estupidez humana. O artigo completo pode ser lido aqui >>>

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