sobre a verdade e o ego take 2 de 3

por rogério

definições: transparências al ego

sim porque, quando o ponto de partida é errado, a solução, por mais correcta que pareça, é indubitavelmente uma catarse esculápia.

Tu és a típica ovelha num rebanho de um. Sim, sim ouviste bem. Nunca te vejo a assumir um acto rebelde, nunca te vejo a navegar a deriva de ondas indomáveis, nunca te vejo a dizer “Eu”. É só “nós o rebanho” pra’qui “nós o rebanho” pra’li. O significado subordinado à vida do indivíduo, é só na medida em que se extasia do valor supremo, da capacidade em tornar uma mais valia o acto de existir.

Ego

Ego é diferente do Eu, sem se dissociar do ser que é. Isto, em caracteres suaves, vislumbra as fronteiras da Consciência.
Ser a soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais, é tudo muito bonito, mas isto são definições de algibeira, para uma vez por outra, o eterno inculto saciar a sede.

O ego, por estranho que possa parecer, é a parte mais superficial do indivíduo, uma vez que obedece ao princípio da realidade. Representações mentais complexas de ideias abstractas como: ‘Centauro’ estão implícitas, e é um desperdício temporal estar a divagar sobre elas. Assim o conceito, a coisa, a ideia, traz subentendida, pela dependência de actividade mental, a presença de intencionalidade, e não a projecção da percepção inata.
Aquele famoso id, regido pelo inconsciente, e aquele malogrado superego, subjugado à moral, são tudo cisões absurdas do ponto a que se quer chegar. Por outro lado a tomada de consciência procedida dos impulsos que emanam do indivíduo, facultam a esta definição a exigência para a qual é direccionada: ‘o complexo do ego’. A percepção e a noção de existência, a eliminação da subjectividade para o acolhimento da certeza cienciente.

‘Subjectividade’ este deve ser o sinónimo que o comum mortal mais dá ao ego. Ser consciente não é exactamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo, a etimologia do eu ao eu, na faculdade de primeiro momento.
A amplitude consciente do Ego não pode ser uma alteração induzida do estado da consciência, mas antes incorporar o acto inato do presente, irreflectido.

Tudo isto é demasiado complexo no limiar do confuso? Claro que é. E é por isso que te vou fazer um desenho:

(∑ inato do indivíduo * pelo 2 da √x) - Subjectividade = 1 (ser único)

Sendo que x, é ‘α’ e ‘Ω’.

A tua pergunta agora vai ser óbvia: “Então a subjectividade não é inerente ao ego?” Já respondi a isso, lê outra vez e não me faças perder tempo com perguntas obtusas.

Agora, o take 3, virá quando a providência assim me orientar.

e acabo com o ‘ego’centrismo do costume, que destrói tudo quanto ergui: escrito pel’a entidade divina rogeriana, no ócio do vigésimo sexto ano.

1 comentários:

Anónimo disse...

interessante ponto para pensar! :)
Gosto disto :)

A pergunta que não quer calar:
Considerando que o ego(refere-se ao principio da realidade) e o EU não é a soma de pensamentos, sentimentos, lembranças (e por isso, EGO é diferente de EU)...

Então, o que é afinal o EU (Parte fundamental do Ser)?

Penso com os meus botões: provavelmente, será o "bolo" que resultou da materia prima que o real forneceu e o Ego "absorveu")...por outras palavras, o EU é o resultado dos ingredientes que o EGO recebeu. (Logo, daí o EGO ser encarado como componente mais superficial e o EU componente do ser mais profundo e único)...

Não é bem o real que forma o ser, o Eu...mas mais o que tu fizeste com ele.

Uma vez escutei esta frase..penso que de alguma forma se encaixa:
"Não é o vem de fora que torna sujo, mas o que sai dentro de ti."

(Ele utilizou o termo sujo porque o contexto da conversa assim o exigia, mas também podia ter utilizado outros...)

Muito interessante esta reflexão...gostei :)

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