idoneidade animal

por rogério



- uma investida sobre a apatez do carácter de um homem bom.

Nascido no dia do primaz celeste, aquando do ardente raiar da lua alta. Entre o medo não sentido e a fúria da tarefa na teimosia por cumprir. Ao mundo finalmente aceitam-se apostas, mancebos e amantes, a quem dele irá dispor. Do pó fez-se pó do pranto inicial fez-se um saudoso uivo – não tem mais medo não, é chegado aquele que estava para ser. Ao relâmpago do passado tirano apronta-se o foguear da cinza aquando na calmaria da raiva liberta no calhau sem temor agora espectro agora poeira aprendida a saber venerar.
Da carne fez-se carne, da podridão existencial fez-se luz, da luz augura a certeza da incerteza do sonho censurado, após o rasgo de ardor a entrada triunfal na cárcere consentida à cópula exorcizada e mais mal nenhum há-de vir – tem medo mais não, mais mal nenhum há-de vir. E é tentar conceber como qualquer bafo de civilização foi sequer possível com tamanha sedução ao seu dispor.
Longe da perseverança da vida domado dos sonhos de serão, morno no tempo de inverno e é tudo nimbe e é tudo frio e ousado e tudo selvagem no censo último suspirado ao desgosto do amargo que sabe vir. Gentil pastor cor de que à tanto te espero, para a tarefa que te deixei valorosa no aguardo supremo que teus olhos anis são ideais a cumprir.
Com as diocesanas compondo o proscénio, cerro ao fim do púlpito proferido em um acto consulado – ide canhões formais do berro aulido. de espectadores compõem agora a cena última nesta sem nada a que atender, pois que seu destino foi cumprido, pois que consumado o acto leito na noite terminu ele está aí – teme mais não, ele está aí.

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